Problematizaçãozinha
- ParaTravez
- 31 de ago. de 2018
- 3 min de leitura
Estamos em pleno processo de eleição e escuto diversos comentários sobre os candidatos e suas propostas, diversas comparações são feitas sobre eles também, mas o que me deixa mais chocado é saber que pessoas estão sendo adeptas a partidos que buscam mudanças drásticas sem olhar para o que pode acontecer no futuro. Vou ser bem específico, em uma roda de conversa entre amigos do escritório entramos no assunto Política, um ser praticamente intocável onde gera diversas discussões que para maioria das pessoas não tem fundamento (bora nos poupar né), mas papo vai e papo vem começamos a nos aprofundar nos candidatos e ocorreu uma leve comparação onde nossa candidata Marina Silva foi comparada com uma tartaruga e o candidato Jair Bolsonaro comparado como o braço que faltava a sociedade .
“Cinco minutos para engolir a cerveja que a galera estava tomando.”
Não estou focando em candidatos, mas sim em propostas, acredito que cada candidato tem sua personalidade, uns mais brandos e outros mais robustos onde isso deve ser respeitado, por que só nos mostra de fato como cada um se comporta mediante aos problemas que ocorrem.
Focando um pouco no que foi mencionado:
“Enquanto Marina se importa com meio ambiente e questões sociais, Bolsonaro quer nos dar o poder de cuidar das nossas famílias, nos defendermos dos assaltos, nos dar mais garantia de conseguirmos entrar em uma faculdade sem divisões de cor, fazer com que os presos paguem pelos seus erros e não sejam beneficiados pelo governo e o mesmo para famílias pobres que utilizam o bolsa família.”
Quanto mais o assunto era aprofundado mais questionamentos vinham em minha mente, o fator principal é, Marina tem suas propostas onde visa realmente cuidar do meio ambiente, gerar empregos através dele, cuidar de questões sociais e minorias, já Jair Bolsonaro possui uma forma muito “rústica” de passar suas ideias, onde menciona que dar poder ao povo com a legalização do armamento é uma forma de cada um se defender e defender sua família mais que na verdade só irá facilitar a compra de armas, transporte e comércio, sendo que, mais pessoas poderão ter acesso e “desfilar” com elas em lugares públicos, onde o medo de sair de casa será predominante, isso é focar em segurança?
Não para por aí, a diminuição das cotas também está nas pautas dele em todas as entrevistas que o mesmo dá a jornais e revistas, sendo que, cotas não é uma vitimização da população negra e indígena e sim uma dívida que o país tem com esse povo e que precisa ser paga sim.
Agora imagina na segregação da violência entre pessoas negras e brancas, com toda essa mudança em quem irão ficar mais de olho? Façam um teste, coloquem uma pessoa negra e uma branca andando tarde da noite na rua e vejam quem a polícia aborda, outro ponto é a desvalorização da mulher em seus discursos, onde vemos descaradamente o mesmo indicar que mulheres devem ganhar menos que os homens por simplesmente serem mulheres ou não terem oportunidade em cargos importantes.
Algo que nos deixa mais encabulado é sobre a famosa “família tradicional brasileira” onde esse termo é apenas utilizado por pessoas que possuem alguma crença religiosa e que acredita que seus ideais são os únicos verdadeiros, onde pessoas não podem se relacionar com outros do mesmo sexo, a questão é que religião não dita família, não dita gênero o único que pode ditar algo sobre a vida é você mesmo, vivência e experiência traz todas essas respostas, que vitimismo não é apenas um modo de conseguir entrada fácil para universidades ou colégios, onde mulher não pode assumir responsabilidades maiores que homens, entre diversos outros fatores.
Antes de votar analise seu candidato, ouça atentamente o que ele está dizendo, busque entender suas propostas, para não carregar nos ombros depois o peso do seu voto.
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